terça-feira, 7 de dezembro de 2021

INTIMIDADE COM DEUS

 




Esboço de Pregação

Intimidade com Deus

Gn.18.17-21.


Introdução: Não basta ouvir falar sobre Deus (Jó 42.5), adorar sem conhecer (João 4.22), crer sem se comprometer (João 12.42-43). Através de muitas experiências, Abraão foi conhecendo o Senhor cada vez mais.

1- Obediência e relacionamento.

Abraão não apenas obedecia a Deus, mas buscava o Senhor para conhecê-lo (Gn.12.8; 13.4; 21.33).

Um filho distante do pai pode ser informado sobre sua vontade e pode obedecê-lo, mas Deus quer intimidade conosco (Salmo 25.14).

2- Abraão é o único a quem a bíblia chama de "amigo de Deus" (Tg.2.23).

Além de servos ou filhos, o Senhor deseja que sejamos seus amigos (João 15.14-15).

3- Abraão é o primeiro a quem a bíblia chama de "profeta" (Gn.20.7).

A intimidade com Deus é importante para todos os seus filhos, mas é condição imprescindível para o ministério profético. Abraão ficou sabendo com antecedência sobre a destruição de Sodoma e assim pôde interceder por Ló.

Conclusão: Precisamos reconhecer que o que conhecemos de Deus é bem pouco.
Precisamos investir na busca de intimidade com Deus. Isto inclui conhecimento da palavra, obediência, oração, jejum, etc. Assim avançaremos no conhecimento do próprio Deus e nos tornaremos aptos para o ministério.

Pr Anísio Renato de Andrade 



segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

TODOS PRECISAM DE JESUS


 TODOS PRECISAM DE JESUS

Muitas pessoas querem dinheiro, mas nem todas querem trabalho. Querem cura, mas não o remédio. Querem sexo, mas não o casamento. Esse tipo de "desencontro" pode causar sérios problemas.
O mesmo pode ocorrer no âmbito da espiritualidade.
Vejamos o que Paulo escreveu aos coríntios:
"Enquanto os judeus pedem sinal e os gregos buscam sabedoria, nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos, mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus" (1Co.1.22-24).
Gregos e judeus buscavam coisas diferentes, de acordo com seus valores, gostos e preferências. Note-se que não eram interesses materialistas, mas, ainda assim, estavam mal orientados.
Os judeus, baseados em sua fé, queriam manifestações sobrenaturais, mas os gregos, colocando a razão em primeiro lugar, se dedicavam à filosofia.
Tais buscas não são necessariamente erradas. A sabedoria, por exemplo, é muito importante, mas Jesus é superior a tudo isso.
Sem ele, muitas coisas serão inúteis ou terão apenas aplicação temporal.
O que estamos buscando diariamente? Será que os nossos esforços se voltam para o que é, de fato, necessário?
Paulo não anunciava sinais nem sabedoria, mas o evangelho de Jesus. Assim, sua proposta decepcionava gregos e judeus.
Cristo era visto como escândalo para alguns e loucura para outros. Tais opiniões determinavam a rejeição contra o Salvador, em quem poderiam encontrar os verdadeiros sinais e a sabedoria do alto.
Precisamos ressaltar que a nossa maior necessidade não envolve coisas ou simplesmente conceitos, mas uma pessoa: Jesus.
Devemos buscá-lo enquanto é tempo, como está escrito:
"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar; Invocai-o enquanto está perto" (Isaías 55.6).
Pr. Anísio Renato de Andrade

ESCAPANDO DO DILÚVIO



ESCAPANDO DO DILÚVIO
"Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé" (Hebreus 11:7).
A fé de Noé não era uma crença besta de que tudo daria sempre certo. Ele cria que uma desgraça aconteceria, conforme Deus havia dito.
Uma vida de pecado conduz à destruição. Acreditar no contrário, sem mudança nem arrependimento, é tolice.
O que Noé poderia fazer diante da crise que se aproximava? Cruzar os braços e esperar Deus agir?
Orar, jejuar, subir ao monte, fazer um ato profético ou expulsar o "espírito da tempestade"?
Seria o caso de entrar em batalha espiritual? Não, pois o dilúvio era obra de Deus e não do inimigo.
Noé deveria obedecer a ordem divina e trabalhar muito.
Quais seriam os resultados da sua fé?
O cancelamento do dilúvio? Arrebatamento ao terceiro céu durante a enchente? Receber o poder de andar sobre as águas? Conseguir a salvação de todos? Não.
Os efeitos da nossa fé podem ser muito diferentes do que gostaríamos, mas sempre coerentes com o propósito de Deus.
Para não ficarmos decepcionados, precisamos conhecer a bíblia e pedir ao Senhor orientação.
A questão aqui não é, a priori, dizer o que é certo ou errado, mas destacar a importância de uma diretriz específica para cada situação. Ore sempre, mas pode ser necessário fazer outras coisas também.
Nada mudaria o propósito de Deus, mas Noé podia fazer a sua parte, sempre com base na palavra do Senhor para ele.
O resultado, você já sabe.
O livramento de Noé não aconteceu por sorte nem milagre, mas por fé e muito trabalho.
Pr. Anísio Renato de Andrade

FAST FOOD, FAST LIFE



FAST FOOD, FAST LIFE

Queremos tudo muito rápido e com o mínimo esforço possível, mas o preço é cada vez maior.
Se trocarmos a comida natural por sanduíches industrializados, podemos ter a saúde prejudicada.
A praticidade tem suas consequências.
Precisamos tomar cuidado para que a pressa e o imediatismo não afetem diversos setores das nossas vidas.
Não podemos queimar etapas necessárias nem evitar processos que levariam aos melhores resultados. Tudo isso ocorre, muitas vezes, por ansiedade, desejo ou falta de paciência.
É o caso, por exemplo, dos relacionamentos que avançam rapidamente ao nível da intimidade. Prazeres imediatos podem antecipar o fim do que poderia durar muito tempo.
Construções rápidas podem ter qualidade e solidez comprometidas.
De igual modo, nossa espiritualidade precisa de tempo para que haja um bom investimento e segura edificação. Nossa alimentação espiritual não pode ser uma espécie de fast food. Um versículo apenas nunca será suficiente para uma boa nutrição da alma e do espírito. Pregações relâmpago pelo Instagram, com duração de 1 minuto, pouco efeito terão.
Nem mesmo textos como este podem servir como alimento espiritual, mas apenas como forma de motivação. Não deixe de ler a sua bíblia. Ela tem 66 livros que devem ser lidos na íntegra mais de uma vez. Sua salvação não depende disso, mas o seu nível de fé e sabedoria, sim.
Certa vez, Jesus falou a respeito das sementes que caíram sobre as pedras, onde havia pouca terra. A germinação foi rápida, mas, quando apareceu o sol, a planta secou-se imediatamente (Mt.13). Assim são aqueles que se "convertem" rapidamente, mas não resistem à primeira tentação ou perseguição.
Precisamos nos dedicar ao Senhor na leitura bíblica e na oração, pelo tempo necessário para que tenhamos uma boa base espiritual. Assim, não seremos derrubados pelas investidas do inimigo.
Pr. Anísio Renato de Andrade

ESTRATÉGIAS DE DEUS




ESTRATÉGIAS DE DEUS

Quando ainda havia o costume de se revelarem fotos, certo homem imprimiu as fotografias de um evento e deu algumas cópias aos seus amigos. Depois de algum tempo, ele perdeu o seu próprio álbum, mas conseguiu de volta algumas fotos que havia dado. Curiosamente, no fim das contas, ele só possuiu o que doou.
Algumas vezes, pode ser necessário recuar para ir mais longe ou pode ser melhor calar do que discutir e isto será o segredo da vitória.
Pode ser necessário perder para ganhar, como aconteceu com aquela mãe do bebê que Salomão propôs partir ao meio. Ao decidir entregá-lo vivo à outra mulher, ela o recuperou.
Não estamos determinando um padrão de comportamento, mas mostrando possibilidades diante de circunstâncias específicas.
Jesus precisou morrer para vencer a morte na ressurreição.
Podemos até pensar que tudo poderia ter sido feito de modo diferente, mas estamos diante das estratégias de Deus, nem sempre compreensíveis para nós.
"Porque assim diz o Senhor, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança, estaria a vossa força, mas não a quisestes" (Isaías 30.15).
Muitas vezes, o que Deus nos diz inclui ordens contrárias à lógica. Trata-se da sabedoria divina, mas, aos olhos humanos, parece loucura.
Desse tipo é a palavra de Cristo, ao dizer: "Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem" (Mateus 5:44).
Portanto, pode parecer que estamos caminhando para a destruição, mas, se andamos de acordo com a Palavra de Deus, sempre seremos mais do que vencedores.
Pr. Anísio Renato de Andrade

NÃO ACABOU


NÃO ACABOU

Em tempos de escassez ou por mera distração, corremos o risco de deparar com a falta de alguns produtos. É triste, quando vamos fazer o café pela manhã, e constatamos que acabou o pó. Pior ainda é a angústia de ver a gasolina acabando no meio da viagem. Por outro lado, é tão bom, quando encontramos o local de abastecimento com tudo que precisamos.
No aspecto espiritual, algumas vezes, pode parecer que as ações de Deus acabaram, ou que as manifestações do seu poder foram apenas experiências de um passado distante, restando-nos agora a escassez.
Hoje, muitos mencionam fatos de 20 anos atrás, mas, naquele tempo, as pessoas também elogiavam os que viveram antes, principalmente nos dias do Novo Testamento.
Entretanto, até nos tempos bíblicos, houve questionamentos nesse sentido. Na época dos Juízes, por exemplo, as pessoas lembravam os tempos de Moisés como uma história gloriosa e distante da realidade.
Certa vez, um anjo apareceu a Gideão e disse:
"O Senhor é contigo, homem valoroso.
Mas Gideão lhe respondeu: Ai, Senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém agora o Senhor nos desamparou, e nos deu nas mãos dos midianitas" (Juízes 6:12,13).
Sabemos que, nos dias de Gideão, Deus agiu novamente, marcando com milagres e livramentos aquela época.
Pouco adiante, lemos sobre a história de Davi, que se inspirou no passado, mas acreditou que o Senhor poderia agir outra vez, conforme está registrado nos Salmos:
"Ó Deus, nós ouvimos com os nossos ouvidos, e nossos pais nos têm contado a obra que fizeste em seus dias, nos tempos da antiguidade.
Como expulsaste os gentios com a tua mão e os plantaste a eles; como afligiste os povos e os derrubaste.
Pois não conquistaram a terra pela sua espada, nem o seu braço os salvou, mas a tua destra e o teu braço, e a luz da tua face, porquanto te agradaste deles.
Tu és o meu Rei, ó Deus; ordena salvações para Jacó.
Por ti venceremos os nossos inimigos; pelo teu nome pisaremos os que se levantam contra nós" (Salmos 44:1-5).
E novamente Deus agiu em favor do seu povo. O Senhor tem reservas inesgotáveis de poder, perdão, amor, graça e misericórdia, mas o limite está em nós.
Sabemos que os postos têm milhares de litros de combustível à nossa disposição, mas pode ser que não estejamos comprando o necessário. Nosso tanque é pequeno ou nossos recursos são poucos.
Da mesma forma, pode ser que a nossa busca espiritual seja insuficiente. O problema não está em Deus, pois ele deseja fazer maravilhas hoje como fez na antiguidade.
Afinal, "Jesus é o mesmo ontem, hoje e será eternamente" (Heb.13.8 ).
Pr. Anísio Renato de Andrade

DESVIO DE FUNÇÃO




DESVIO DE FUNÇÃO

Quando usamos um objeto para uma finalidade diferente daquela para a qual ele foi projetado e construído, podemos, eventualmente, incorrer em grande desperdício e prejuízo. Quanto maior será a perda, se dedicarmos nossas vidas a propósitos diferentes ou até mesmo contrários àqueles para os quais Deus nos chamou?
Sansão foi escolhido, capacitado e ungido para ser juiz e libertador de Israel. Contudo, o inimigo o colocou para girar um moinho no cárcere e servir de palhaço.
Quando poderia estar cultuando a Deus no tabernáculo, foi levado ao templo de Dagom, o falso deus dos filisteus.
A bíblia fala também de um jovem profeta, enviado pelo Senhor à cidade de Betel para profetizar contra o altar de Jeroboão. Conforme a ordem de Deus, ele deveria ir e voltar, sem parar para comer pão nem beber água, mas o jovem fez exatamente o que Deus proibiu. Coisas simples e aparentemente inofensivas podem ser fatais, principalmente quando sabemos que Deus nos alertou. Como consequência, o moço foi morto por um leão no caminho (1Rs.13).
Deus tem um propósito para nós, mas o inimigo faz de tudo para nos desviar da missão, de modo que façamos outra coisa, de preferência pecaminosa, mas não necessariamente desse tipo. Até coisas boas podem servir para desvirtuar o nosso objetivo. O que acontece é que a tentação do desvio envolve ganhos e vantagens.
Satanás tentou desviar o próprio Jesus de sua função salvadora, quando lhe ofereceu os reinos do mundo e a glória deles (Mt.4). Entretanto, Cristo estava bem consciente da vontade do Pai e não aceitou as propostas do maligno.
Sobretudo, precisamos tomar cuidado para que o pecado não nos domine de tal forma, que não venhamos a praticar as boas obras que o Senhor deseja.
Os discípulos foram chamados por Cristo para serem apóstolos, mas um deles tornou-se um traidor. Quanto aos outros, foram desafiados a se dedicarem ao serviço social, algo nobre e bom, todavia disseram:
"Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra" (Atos 6:2-4).
Somos livres para fazermos tantas coisas boas na vida, mas devemos ficar atentos para que o principal não seja esquecido. Nesse sentido, Paulo escreveu a Arquipo e Timóteo:
"Atenta para o ministério que recebeste no Senhor, para que o cumpras" (Colossenses 4:17).
"Faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério" (2 Timóteo 4:5).
Pr. Anísio Renato de Andrade